Audiência Pública da Comissão Nacional da Verdade dia 12/11/2012 em Curitiba

 

A Comissão Nacional da Verdade, não poderia tardar, chegou à Curitiba. No próximo dia 12  de novembro, na primeira Audiência Pública da Comissão realizada no Paraná, a CNV, com o apoio do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça e da sociedade civil paranaense ocupará o Teatro da Reitoria da UFPR, ao lado do pátio da reitoria, palco de resistência das maiores repressões contra o movimento estudantil.

 

Na audiência, serão ouvidos testemunhos de sobreviventes da repressão ocorrida no Estado. Também serão lembradas circunstâncias de fatos relacionados à luta no campo que resgatam graves violações de direitos humanos ocorridas na ditadura e que se reproduzem até os dias atuais.

 

Serão lembrados episódios como a Operação Marumbi, Porecatu, Chácara do Alemão e o Massacre de Medianeira, ligado à Operação Condor.

 

Contamos com a sua presença.

 

Comissão Nacional da Verdade

Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça

 

Informações úteis aos participantes não residentes em Curitiba

Translado Aeroporto Internacional Afonso Pena – Centro de Curitiba – UFPR

Opções de deslocamentos entre o Aeroporto Internacional Afonso Pena, localizado em São José dos Pinhais, e o centro de Curitiba:

a)     Taxi: custo médio de R$ 90,00 a R$ 100,00;

b)     Ônibus do sistema de transporte coletivo da cidade: custo de R$ 2,50;

c)      Ônibus Aeroporto Executivo: custo de R$ 8,00. Oferece ar condicionado, som ambiente a bordo e espaço para acomodar as bagagens. Passa por vários hotéis e pontos importantes da cidade. Partidas de 20 em 20 minutos em dias úteis e a cada 25 minutos aos finais de semanas e feriados. Saídas do Aeroporto das 6 às 23h30. Telefone: 41 3381-1326.

 

 

Hotelaria

Atenção: a relação abaixo tem exclusivamente a finalidade de auxiliar na localização da rede hoteleira próxima a Universidade Federal do Paraná, Campus Central e Estação Rodoferroviária.  A organização do evento não mantém convênio com os estabelecimentos listados. Eventuais reservas devem ser feitas diretamente no hotel de interesse.

 

Hotéis próximos a Rodoferroviária:

A: Formule 1 Curitiba

Rua Mariano Torres 927 – Centro, Curitiba – PR, 80060-120

(41) 3218-3838

www.accorhotels.com

 

B: Hotel Promenade

Rua Mariano Torres, 976 – Centro, Curitiba – PR, 80060-120

(41) 3014-4341

www.promenadehotel.com.br

 

C: Lizon Curitiba Hotel

Av. 7 de Setembro, 2246 – Centro, Curitiba – PR, 80060-070

(41) 2104-9494

 

D: Hotel Slaviero Villaggio

Rua Tibagi, 950 – Centro, Curitiba – PR, 80060-110

(41) 3074-9100

www.hotelslaviero.com.br

 

 

E:  Hotel Bonaparte Expess Curitiba

Av. visconde de Guarapuava, 20160 – Curitiba – PR, 80060-060

(41) 3071-5000

www.bonapartehoteis.com.br

 

F: Hotel Itamaraty

Avenida Presidente Affonso Camargo, 279 – Jardim Botânico, Curitiba – PR, 80060-090

(41) 3362-2022

www.hotelitamaratycwb.com.br

 

G:  Hotel Piratini

Av. 7 de Setembro, 1951 – Centro, Curitiba – PR, 80060-070

(41) 3262-5944

 

H:  Hotel Nova Lisboa

Av. 7 de Setembro, 1948 – Centro, Curitiba – PR, 80060-070

(41) 3264-1944

 

I: Hotel Lumini

Rua Gal Carneiro, 1094 – Alto da Glória, Curitiba – PR, 80060-150

(41) 3264-5244

www.hotellumini.com.br

 

J: Condor Hotel

Av. Sete de Setembro, 1866, Centro, Curitiba-PR – 80060-070

(41) 3262-0322

www.condorhotel.com.br

 

 

Hotéis próximos ao Prédio Histórico da UFPR

A: Formule 1 Curitiba

Rua Mariano Torres 927 – Centro, Curitiba – PR, 80060-120

(41) 3218-3838

www.accorhotels.com

 

B: Inter Palace Hotel e Centro de Eventos Ltda

Rua 15 Novembro, 950 – Centro, Curitiba – PR, 80060-000

(41) 3223-5282

 

C: Hotel Roochelle

Rua Tibagi, 307 – Curitiba – PR, 80060-110

(41) 2103-1100

www.hotelroochelle.com.br

 

D: Hotel Dann Inn (antigo Deville Express Curitiba

Rua Amintas Barros, 73 – Centro, Curitiba – PR, 80060-200

(41) 3322-8558

www.daninnhotel.com.br/hoteis/curitiba/principal.html

 

E: Hotel Golden Star

Rua Mariano Torres, 135 – Curitiba – PR, 80060-120

(41) 3888-7888

www.goldenstar.com.br

 

F: Estrela do Sul Hotel

Rua Francisco Torres, 386 – Curitiba – PR, 80060-130

(41) 3262-7172

www.hotelestreladosul.com.br

 

G: Master Express Curitiba

Rua Francisco Torres, 285 – Curitiba – PR, 80060-130

(41) 3218-5200

www.masterhoteis.com.br

 

H: Mabu Royal & Premium

Rua Quinze de Novembro, 830 – Centro, Curitiba – PR, 80020-300

(41) 3219-6000

www.masterhoteis.com.br

 

I: Altareggia Plaza Hotel – Curitiba

Rua Dr Faivre, 846 – Curitiba – PR, 80060-140

(41) 3026-3223

www.altareggia.com.br

 

J: San Martin Hotel

Rua João Negrão, 169 – Centro, Curitiba – PR, 80010-200

(41) 3222-5211

www.sanmartin.com.br

 

 

Opções de alimentação

Atenção: a relação abaixo tem exclusivamente a finalidade de auxiliar na localização de opções de alimentação próximas à Universidade Federal do Paraná, Campus Central, Campus Politécnico e Campus Botânico.  A organização do evento não mantém convênio com os estabelecimentos listados. As informações de cardápio, formas de pagamento e eventuais reservas devem ser feitas e/ou confirmadas diretamente no restaurante de interesse.

 

 

A: Churrascaria Los Pampas

Endereço: Avenida das Torres, 1231, após o Portal de São José dos Pinhais | São José dos Pinhais – Paraná

Telefone: (41) 3283.5915

Cardápio: 75 tipos de saladas; 15 pratos quentes; 17 tipos de carne.

 

B: Churrascaria Per Tutti

Endereço: Avenida das Torres, 2958 – Guabirotuba – Curitiba – Paraná

Telefone: (41) 3296-5962

Cardápio: 28 tipos de Carnes Nobres, 50 tipos de saladas e molhos, 15 variedades de Pratos Quentes, entre eles o Bacalhau Gomes de Sá e Strognoff.

Nas quartas, no jantar, há o tradicional Rodízio de Carneiro e as quintas, no jantar e sábados no almoço há Rabada com Polenta.

Atendimento diariamente a partir das 11 horas para o almoço e a partir das 18 horas para o jantar. Aceita todos os cartões de créditos e tickets restaurantes.

 

 

C: Churrascaria Recanto Gaucho

Endereço: Avenida Comendador Franco, 4680

Telefone: (41) 3276-2615

 

 

D: Lonatto Carnes e Massas

Endereço: Avenida das Torres, 3769

Telefone: (41) 3266-9611

 

 

E: Churrascaria La Ventura Carnes e Massas

Endereço: Av. Comendador Franco, 3935 Curitiba – Jardim das Américas

Telefone: (41) 3267-5377/3266-8331

Horário de Atendimento: diariamente das 11h às 15h e das 19h às 23h

 

F: Restaurante Tecnoparque, no CIETEP

Endereço: FIEP – Federação das Indústrias do Estado do Paraná – Direitos Reservados Av. Comendador Franco, 1341 – Jardim Botânico

Telefone: (41) 3271-7719 / (41) 3271-7735
 
Cardápio: 12 tipos de salada, 3 tipos de carne , 4 tipos de guarnições, sucos e sobremesa de cortesia.

 

 

 

G: Shopping Jardim das Américas

Endereço: Avenida Nossa Senhora de Lourdes, 63, Jardim das Américas

Telefone: (41)3366-5885

Praça de Alimentação 2º Piso

Nostra Pizza (Pizza, Saladas, Calzones e Lasanha)

Don Piatto (Massas em Geral)

10 Pastéis (Pastéis, Saladas e Panquecas)

Subway (Sanduíches)

Baxi Asian Food (Buffet de comida Chinesa)

Bellavi (Prato Executivo, sucos e saladas)

Mc Donalds (Sanduíches)

Rolos Sanduicheria (Sanduíches e Saladas)

América Grill (Buffet de comida por quilo, grelhados, saladas, batata suíça e sanduíches)

Tropical Banana (Sanduíches Naturais, sucos, smoothies e salada de frutas)

Au-Au (Sanduíches e Saladas)

Griletto Grelhados (Express, Grelhados e Parmegiana, massas, tábuas de picanha, frango)

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“Caminhos da Resistência”, locais que foram palco da repressão e da resistência na ditadura militar

Praça Rui Barbosa abrigava prisão para opositores ao regime.

A Praça Rui Barbosa é um dos pontos mais populares de Curitiba, local onde diariamente circulam e desembarcam milhares de pessoas vindas de toda a capital. É nesta praça que ficam também a Rua da Cidadania Matriz e várias áreas de comércio popular. Mas o que a maioria população que por ali circula desconhece o fato de que este foi um local utilizado pela Ditadura Militar para prender temporariamente opositores ao regime. O local faz parte dos Caminhos da Resistência, locais que foram palco das violações dos direitos humanos e da luta popular pela democracia. Nominados pelo Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Jutiça durante a vinda da 63ª Caravana da Anistia a Curitiba..

Na semana passava a 63ª Caravana da Anistia  esteve em Curitiba  inaugurou quatro marcos de memórias,  o local de repressão, no antigo presídio do Ahú, e os locais de resistência,  a Boca Maldita, Reitoria e prédio Histórico da UFPR,onde o movimento estudantil lutou contra o regime militar e a violação dos direitos humanos.

Repressão – Além da Praça Rui Barbosa, outro ponto utilizado pela Ditadura Militar seria a chamada Clinica Marumbi, local de tortura contra os militantes presos no Paraná durante a Operação Marumbi. A clinica, segundo alguns relatos de ex-presos políticos, ficava na antiga veterinária do Exercito, ao lado do Shopping Curitiba. Sua exata localização ainda é  desconhecida pois os presos eram para lá levados encapuzados e será alvo  de investigação da Comissão Nacional da Verdade. Presume-se que ficasse entre a Avenida Visconde de Guarapuava e as ruas Dr. Pedrosa e Brigadeiro Franco.

Órgão histórico de repressão, a DOPS ficava na rua João Negrão, no centro de Curitiba. Porão da repressão, a DOPS foi um dos principais palcos de sevícias hediondas contra ex-presos políticos.

A Caravana da Anistia além de inauguras marcos no Ahú, reitoria, prédio histórico da UFPR e na Boca Maldita julgou 42 processos de indenização de ex-presos políticos. Os casos envolvem paranaenses e cidadãos de outros estados.

 

 

 

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Comissão Nacional da Verdade ouve Marival Chaves, ex-analista do DOI-CODI

Marival Chaves em depoimento à Comissão Nacional da Verdade Foto: Marcelo Oliveira/ ASCOM-CNV

Ex-sargento deixou o Exército em 1985; depoimento trouxe informações sobre mortes e desaparecimentos, estrutura da repressão, financiamento privado para a Oban e Operação Condor.

A Comissão Nacional da Verdade ouviu hoje, durante 5 horas, o depoimento do ex-analista do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do II Exército em São Paulo (DOI-CODI/SP), Marival Chaves Dias do Canto. As informações prestadas por Chaves abriram várias linhas de investigação para a CNV e ele já se dispôs a ser ouvido novamente.

Chaves ingressou no Exército aos 18 anos, em 1965. Dois anos depois, ele já integrava a 2ª Companhia de Polícia do Exército e cursava a escola de sargentos, patente da qual deu baixa em 1985, no início da redemocratização.

“Passei dificuldades ao deixar o meio militar e partir para uma vida civil após tanto tempo, mas precisava deixar o Exército para ter a liberdade de contar o que sabia sem ser reprimido por isso”, afirmou Chaves, que levou sete anos para iniciar suas revelações, em 92.

Chaves afirma ter trabalhado apenas com análise de informações e que nunca participou diretamente de operações de prisão, tortura, morte e desaparecimento de opositores do regime.

INÍCIO DA REPRESSÃO – Segundo Chaves, foi na Polícia do Exército, em 1967, que despontou em São Paulo o processo de repressão às organizações da luta armada.  “A Segunda Seção (S-2) do quartel-general do 2º Exército foi o braço operacional do grupo que deu início ao processo. Foi o braço armado e embrionário da repressão”, afirmou.

Na S-2 da P.E., Chaves já era subordinado ao oficial que o levou ao DOI-CODI, anos mais tarde, em 1973. Segundo Chaves, o primeiro centro de tortura em São Paulo, mantido pelo Exército, funcionou na 2ª Companhia de Polícia do Exército.

Foi nessa época que o DOPS e a Guarda Civil passaram a colaborar com os homens do Exército que atuavam na repressão, no que deu início à Operação Bandeirantes (OBAN), em São Paulo, formalizando a parceria entre os órgãos de repressão federais (Forças Armadas, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal) e as forças estaduais, uma espécie de projeto-piloto que acabou se transformando no DOI-CODI.

Segundo Chaves, empresas e empresários simpatizantes do regime contribuíram diretamente com recursos financeiros e materiais para a repressão. “Carros novos eram fornecidos e um sítio foi emprestado para servir como locais de cárcere privado, tortura e morte. Antonio Carlos Bicalho Lana, por exemplo, foi torturado e morto no sítio de um empresário do ramo de transportes”, disse.

INDISCRIÇÕES – Chaves afirma que lia, analisava e produzia documentos, informes e relatórios de informação. Muitas das informações que ele possui das operações clandestinas de sequestro, cárcere privado, tortura e morte foram obtidas por ele diretamente de agentes que participaram dessas ações e cometiam “notórias indiscrições”.

Entretanto, devido à natureza de sua atividade, Chaves teve a oportunidade de ouvir comandos fatais. Foi também através de uma “indiscrição”, ouvida de um agente da repressão em Fortaleza, que o agente soube que a morte do sargento Onofre Pinto, ocorrida no massacre de Medianeira, no Paraná, em julho de 1974, foi decidida após consulta ao Centro de Informações do Exército.

Parte dos agentes queria converter Onofre num “cachorro” (agente infiltrado), mas o general Milton Tavares de Souza, chefe do Centro de Informações do Exército no Governo Médici, negou a proposta. O general teria dito que a morte de Onofre, que abandonou o Exército para se juntar à Lamarca, serviria de exemplo.  Segundo Chaves, a operação começou na Argentina e contou com a cooperação da inteligência de outros países. “Só depois compreendi que era uma ação da Operação Condor”, afirmou.

Além dos casos mencionados, Chaves indicou nomes de pessoas que podem contribuir com informações para esclarecer os fatos. “Além de ser uma visão rara das entranhas da repressão, o depoimento de Chaves abre uma série de novas linhas de investigação”, afirmou o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles. Também participou da oitiva a advogada Rosa Cardoso, membro da Comissão, e cinco assessores da CNV.

Fonte-Comissão Nacional da Verdade

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Comissão da Anistia julga processos de ex-presos políticos do Paraná

A Comissão de Anistia, composta por conselheiros nomeados pelo Ministério da Justiça, julgou na sexta-feira,26, mais de quarenta processos de de reparação solicitados por vítimas da Ditadura Militar. A sessão de julgamento aconteceu na sede da OAB Paraná, na 63ª Caravana da Anistia.
Foram organizadas quatro sessões de análise, uma pela manhã e três concomitantes pela tarde, onde a Comissão de Anistia apurou a responsabilidade do Estado brasileiro, num dos maiores volumes de pedidos de anistia, com o julgamento de 42 casos em que se pede a reparação das violações de direitos cometidos no Paraná, pelo regime militar, tanto contra paranaenses quanto contra cidadãos de outros Estados.

Sessão de julgamento aconteceu na sede da OAB-Paraná. Foto-AEN

Em seu pronunciamento, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, agradeceu os esforços e a união de todas instituições envolvidas para realização da 63ª Caravana da Anistia em Curitiba. Abrão destacou também o mapeamento dos locais de repressão na capital, com o Caminhos da Resistência, inaugurado na quinta- feira (25). “É a primeira capital que faz este trabalho de mapeamento e queremos levar esta iniciativa para outros estados”, comentou. Ele também destacou a importância da criação da Comissão da Anistia do Paraná pela via legislativa, “o que dá amplos poderes para investigar. Temos tido um bom exemplo disso no estado de Pernambuco. Todos esses esforços representam uma mudança cultural, que está se engendrando na sociedade, tendo a verdade como elemento basilar”, afirmou Abrão.

Em seu discurso, o ex-procurador Geral do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, disse que o MP reconhece a omissão da instituição naqueles tempos, quando foi conivente com as prisões ilegais, torturas e assassinatos. O reitor da UFPR, Zaki Akel, anunciou a criação da Comissão da Verdade na universidade e a secretária de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, anunciou o ante-projeto de lei do Governo do Estado para criação no Paraná, da Comissão da Verdade, que deverá ser votada pela Alep na próxima semana.

O jurista paranaense René Ariel Dotti, membro da Comissão da Verdade do Conselho Federal da OAB, falou em nome da OAB Paraná. Advogado de diversos presos políticos na época da Ditadura Militar, Dotti foi aplaudido em três momentos durante a solenidade. “A maior das liberdades humanas é a liberdade de não ter medo. Ela é superior a liberdade de andar, amar, conversar, pois não podemos viver nenhuma liberdade se tivermos o medo”, afirmou Dotti, no seu rápido discurso.
Em nome da Seccional e da Comissão Nacional presidida pelo ex-presidente do Conselho Federal da OAB Cezar Britto, René Dotti disse que o projeto ambicioso da Comissão Nacional é mostrar para o Brasil a importância dos advogados, lembrando que a resistência histórica civil na época foi patrocinada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Ordem dos Advogados do Brasil.

Ainda durante a solenidade René Dotti entregou uma bandeira da Seccional para ser integrada à Bandeira das Liberdades Democráticas. A bandeira é composta por retalhos recebidos pela Caravana da Anistia em cada lugar onde tem passado e recebeu a contribuição de diferentes instituições em Curitiba. O presidente da OAB Paraná, José Lucio Glomb, compôs a mesa de abertura  presidida por Paulo Abrão, secretário nacional de Justiça e presidente da Comissão de Anistia.

A mesa também foi composta pelo reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Zaki Akel Sobrinho; pela secretária de Estado da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes; pelo promotor público Olympio de Sá Sotto Maior Neto; pelo presidente da Comissão da Verdade da OAB Paraná, Daniel de Oliveira Godoy Junior; Wilson Ramos Filho da UniBrasil; Janeslei Aparecida Albuquerque, da APP Sindicato; o procurador da cidade de Curitiba, Luiz Miguel Gutierrez; o ex-preso político e diretor da Itaipu Binacional, Edésio Passos; e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado estadual Tadeu Veneri. Na ocasião foram assinados três termos de cooperação entre as instituições e a Comissão Nacional de Anistia.

 

Fonte- Fórum, com informações da OAB Paraná

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Caravana da Anistia inaugura na UFPR marcos da época da resistência

Marco no prédio histórico na UFPR, local de resistência do movimento estudantil. Foto-Laura Sica

“Na época da resistência não havia liberdade de pensamento. Foram principalmente os estudantes que lutaram para romper essa barreira na década de 60″, lembrou o advogado João Bonifácio Cabral Júnior, que já atuou numa extensa carreira pública. Relembrou alguns fatos marcantes do tempo em que foi líder estudantil, enquanto acadêmico de Direito da PUC/PR: da mobilização de 1968 contra a introdução do ensino pago nas universidades federais e do congresso da União dos Estudantes (UNE) em Ibiúna, São Paulo, quando foram detidos 750 estudantes, grupo do qual ele fazia parte. Ao todo passou mais de um ano no presídio do Ahú, em Curitiba. “A repercussão de fatos como esses na vida das pessoas depende de cada um. Particularmente, superei tudo seguindo minha vida profissional e emocional”, refletiu o advogado.

Junto com ele, cerca de 40 pessoas se reuniram no pátio da Reitoria na tarde de quinta-feira (25) para dar prosseguimento às atividades da Caravana da Anistia. Recebidos e acompanhados pelo reitor Zaki Akel Sobrinho, os participantes saíram em passeata com a finalidade de inaugurarem as placas simbólicas que marcaram o período da resistência em vários pontos do centro da cidade. Saindo da Reitoria, a caravana se direcionou ao Prédio Histórico da UFPR e depois à Boca Maldita. Integraram o grupo representantes da UFPR; da Casa Latino-Americana; da Central Única dos Trabalhadores (CUT); do Diretório Central dos Estudantes (DCE); do Movimento Tortura Nunca Mais; do Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Paraná (APP Sindicato) e de outras entidades de classe.

Histórias ─ O médico Gerson Zafalon também falou do passado. Foi presidente do Diretório Acadêmico Nilo Cairo entre os anos de 1967 e 1968. Preso em 1970, passou mais de um ano na prisão. “Nada acontece por acaso, em consequência da prisão, aconteceram muitas coisas interessantes e importantes em minha vida. Entre elas, fui testemunha e protagonista de uma história de reencontro e perdão. Dos momentos de alegria, lembro que no dia 29 de março de 1970, fiquei noivo na prisão”, contou o médico.

Mas o professor Valdo Cavallet do Setor Litoral não teve uma vivência plena daqueles dias. Era estudante em 1975, quando a repressão já tinha praticamente acabado: “ainda nos sentíamos ameaçados. No entanto, o nosso movimento foi de reconstrução do que restou daquele tempo”, recordou o professor.

Comissão ─ A Comissão da Anistia já recebeu 70 mil processos de todo o país, destes, 60 mil foram analisados e 35 mil já foram deferidos. Destes 35 mil, 15 mil processos receberam reparação econômica e 25 mil ainda não foram julgados por falta de provas, destruição de arquivos e outros fatores. A informação é do assessor do presidente da Comissão da Anistia, Marcelo D. Torelly. A caravana foi criada pela comissão em 2007, com o objetivo de devolver a dignidade das vítimas nos espaços em que esta dignidade foi violada. Em 2008, ocorreu a primeira sessão da comissão, na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. Atualmente já são 63 edições do movimento que já percorreu várias capitais e cidades do interior dos estados. “Já foram 1.300 pedidos de anistia julgados pela comissão nos locais em que aconteceram as violações”, acrescentou Marcelo. Mais informações sobre a programação da caravana em Curitiba estão disponíveis no site

Fonte- Sonia Loyola/UFPR

 

Caravana da Anistia - ato contra a ditadura militar no Brasil

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Caravana da Anistia chega a Curitiba e inaugura marcos históricos

Presidio do Ahú, cenário de tortura e de repressão.

A Caravana da Anistia organizada pela Secretaria de Direitos Humanos e Ministério da Justiça chegou nesta quinta-feira (25) a Curitiba. O objetivo da comissão criada em 2001 é identificar os locais ligados a violação dos direitos humanos e encontrar pessoas que merecem ser homenageadas pela sua coragem de lutar pela liberdade no país.

Na capital vários marcos que trazem a história da ditadura serão inaugurados, um deles no presidio do Ahú.

Judite Barbosa ficou presa de dezembro de 1968 a dezembro de 1969. Ela participava de uma reunião regional de estudantes da UNE quando policiais invadiram o local prendendo todos os envolvidos. Desse período, mesmo com muito sofrimento ela guarda algumas lembranças boas.

Seu Vitório ficou preso no presídio do Ahú por quase 3 anos, entre 1968 e 1971. De acordo com ele o local é carregado da memória política do Brasil, de torturas e repressões que sempre o acompanham.

A Caravana da Anistia além de inauguras marcos no Ahú, reitoria, prédio histórico da UFPR e na Boca Maldita julgou 42 processos de indenização de ex-presos políticos. Os casos envolvem paranaenses e cidadãos de outros estados.

Fonte-Redação catve.tv/Curitiba

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Comissão de Anistia deverá julgar 42 processos em Curitiba no dia 26/10/2012

A Comissão de Anistia deverá julgar 42 processos em Curitiba no dia 26/10/2012. A relação dos processos (requerimentos) foi publicada no Dário Oficial da União do dia 24 de outubro de 2012. Veja a relação completa DOU 24-10-2012.

Inserido no conjunto de atividades da 63a. Caravana da Anistia, será certamento um dos maiores julgamentos dos últimos anos.  A programação completa dos eventos você vê neste link.

Solicitamos a todos que compartilhem esta informação para que os requerentes/anistiandos possam ser informados de que seus processos serão julgados e possam assim comparecer à audiência.

 

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Jango foi envenenado pela Operação Condor, revela ex-agente secreto uruguaio

 O ex-presidente brasileiro João Goulart (1961-1964) morreu, segundo a versão oficial, de um ataque cardíaco em 6 de dezembro de 1976 no município de Corrientes, na Argentina. No entanto, as suspeitas de que Jango, como era popularmente conhecido, tivesse sido morto por agentes da Operação Condor sempre foram levantadas por amigos, familiares e especialistas.
Em recente entrevista à EBC (Empresa Brasil de Comunicação), o ex-agente do serviço secreto uruguaio Mario Neira Barreto forneceu detalhes da operação que teria resultado na morte de Goulart. Segundo sua versão, o ex-presidente brasileiro deposto pelo regime militar teria sido morto por envenenamento. Segundo Neira, Jango era considerado uma ameaça pelos militares brasileiros, já que organizava planos para a democratização brasileira.
Em 2008, ele já havia revelado ao jornal Folha de S. Paulo que Jango havia sido morto a pedido de Sérgio Paranhos Fleury, na época delegado do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) de São Paulo, com a autorização do então presidente Ernesto Geisel (1974-1979).
A Operação Condor foi uma aliança política entre os regimes ditatoriais da América do Sul durante os anos 1960  para reprimir opositores e eliminar seus líderes. Segundo a EBC, mesmo destituído, Jango era monitorado por agentes no Uruguai, onde se encontrava exilado.

A família de Goulart nunca autorizou uma autópsia. Com base no depoimento de Neira, a família de João Goulart pediu uma investigação ao MPF (Ministério Público Federal). Mas o processo foi arquivado pela Justiça por ter prescrito.
Leia abaixo a entrevista de Neira, que está preso desde 2003 na Penintenciária de Charqueada,  no Rio Grande do Sul, por contrabando de armas:

“Passei três anos gravando coisas do Jango, penando em roubar a fazenda dele,o ouro que ele guardava. Mas então eu sou um ladrão fracassado. Por quê? Eu não roubei nada dele, como ladrão ou bandido eu não me dei bem. Foi uma operação muito prolongada que, no princípio, a gente não sabia que tinha como objetivo a morte do presidente Goulart”.
“Por que o Jango foi o perigos de toda essa história e foi decidida sua morte porque o Jango era perigoso por aquele jogo de cintura. Era um político que se aliava a qualquer um para conseguir o objetivo de levar o Brasil novamente a uma democracia”.
“Jango era o pivô porque forneceria as passagens, iria aos Estados Unidos e voltaria com toda aquela imprensa a Brasília, [passando] primeiro em Assunção, onde seria o conclave, a reunião de todas  as facções políticas do Brasil que se encontravam dispersos e exilados, e ele iria faria possível essa reunião”.
“Não era bom para o Brasil…não era bom para os militares, para a ditadura. Daí que fpi decidido que o Jango deveria morrer”.
“Primeiro se pensou em um veneno. Os remédios [que Goulart tomava por sofrer do coração] viriam da França, foram recebidos na recepção do hotel Liberty. Foi uma araponga que foi colocada nesse hotel, porque os remédios ficavam numa caixa forte verde. Então o empregado (infiltrado) começou a trabalhar e forneceu um lote com varas caixas de comprimido, ele não comprava uma, comprava um lote. Em cada caixa foi colocado um, apenas um comprimido com um composto Não era um veneno, mas causaria uma parada cardíaca. Eu acho que o veneno coincidentemente, ele tomou aquela noite. Tanto o relato de Dona Maria Teresa (Fontela Goulart, viúva) quanto do capataz da fazenda é que os sintomas que eles relatam encaixam o que acontece. A pressão sobe, baixa constrição dos capilares, ele tem uma morte rápida., tomou o comprimido e já começou a se debater e, em dois minutos, morreu”.

 

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Comissão da Verdade analisa inquérito sobre morte de JK

A Comissão Nacional da Verdade começou a analisar o inquérito e o processo sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek, ocorrida em agosto de 1976. O documento foi encaminhado ao grupo encarregado de investigar crimes ocorridos durante o regime militar pela Comissão da Verdade da seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), que pede uma nova apuração do caso.

Segundo a advogada Rosa Cardoso, integrante da Comissão Nacional da Verdade, a documentação sobre a morte do ex-presidente já foi analisada por um assessor do grupo e pelo ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles, que também integra a comissão, mas ainda não há uma “interpretação conclusiva” a respeito do caso. “Já fizemos uma primeira leitura, mas é uma questão tão séria que vai ter que ser submetida a um conjunto de comissários, não apenas a um”, observou Rosa.

Como o jornal O Estado de S. Paulo revelou em maio, a OAB-MG contesta a versão de que JK foi vítima de um acidente automobilístico e aponta diversos “furos” por parte dos responsáveis pelas investigações oficiais nas 2.629 páginas divididas em quatro volumes que compõem o processo de apuração da morte. Para os integrantes da Comissão da Verdade da entidade mineira, o ex-presidente foi assassinado, opinião partilhada pelo secretário particular e amigo de JK, Serafim Jardim.

Nesta terça-feira (23), Rosa Cardoso, além de Maria Rita Kehl e José Carlos Dias, também integrantes da comissão, se reúnem com representantes da OAB-MG em Belo Horizonte. Nesta segunda, o trio participou de audiência na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para ouvir relatos de três vítimas da ditadura militar: o professor Apolo Heringer, ex-dirigente do Comando de Libertação Nacional (Colina), preso, torturado e exilado; a socióloga Magda Neves, expulsa do mestrado em Ciência Política da UFMG pelo regime; e Mariluce Moura, viúva de Gildo Macedo Lacerda, morto sob tortura em 1973.

Araguaia

Ao chegar para a audiência, Maria Rita Kehl, responsável da comissão pela investigação de violações de direitos de indígenas e camponeses, revelou que o grupo encontra dificuldades de investigar um dos mais notórios episódios do regime militar, a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no sul do Pará do fim da década de 1960 até meados da década de 1970.

Recém-chegada da região, onde acompanhou as atividades dos Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA) e do Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), Maria Rita informou que familiares de guerrilheiros que desapareceram na região têm se recusado a fornecer material para comparação genética com restos mortais encontrados na área. Até o momento, só foram identificadas as ossadas dos guerrilheiros Bergson Gurjão Farias e Maria Lúcia Petit. “Tem alguns casos que já tem ossos para comparação de DNA. (Mas) nem todas as famílias querem oferecer o DNA, para não sofrer. Fica mais difícil ainda, porque tem uma ossada, tem a possibilidade (de identificação) e a família não quer fazer o exame”, disse, sem entrar em detalhes.

Fonte-Agência Estado

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Teresa Urban conta em livro, memórias e fatos sobre 1968

A jornalista Teresa Urban  relança o  livro “1968 Ditadura Abaixo” na próxima quinta-feira, 25, durante as atividades da Caravana da Anistia em Curitiba.  A ideia de escrever o livro surgiu da necessidade de contar às gerações mais novas não só a própria experiência no movimento estudantil, mas também um pouco mais sobre a história do Brasil. Para elaborar o livro e dar corpo ao seu formato, Teresa conta que recebeu uma assessoria importante: a do próprio neto, na época  com quase 16 anos, e de outros jovens da mesma faixa etária que mostraram a ela como contar uma história para a geração atual. Assim, ela afirma que foi possível compreender o que é necessário para tocar o coração e a mente dos jovens e como conversar com eles. Outro fator importante, segundo a autora, é que o livro não termina em 1968, mas traz um pouco da história do que veio depois.

O livro utiliza diversas formas para contar os fatos, incluindo uma história em quadrinhos na qual João e Maria são os personagens principais, aliada a uma extensa variedade de informações curtas retiradas de livros e jornais da época, não só o que aconteceu em 1968, mas todos os fatos marcantes que antecederam e sucederam o ano que marcou a militância estudantil brasileira. As ilustrações foram feitas pelo quadrinhista, ilustrador e artista plástico Guilherme Caldas,  criador da história em quadrinhos. Ele conta que passou cinco meses trabalhando nas ilustrações do livro. Para tanto, assistiu ao filme “Lance Maior”, do cineasta Sylvio Back e afirma que procurou ser “o menos fantasioso possível, o mais fidedigno aos fatos e principalmente à forma como as pessoas se vestiam, falavam, ao que era moda na época”. O livro aborda o contexto do movimento estudantil em Curitiba e está ambientado na cidade, em 1968.

Serviço:

Relançamento do livro “1968- Ditadura Abaixo”

Sede da APP-Sindicato (av. Iguaçu, 880)  Horário- 19h30

 

 

Fonte- Com informações do  Instituto Ciência e Fé

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