Desembargador Onésimo Mendonça de Anunciação recebe comitiva

Desembargador Onésimo Mendonça de Anunciação recebe comitiva

O presidente do TJPR em exercício, desembargador Onésimo Mendonça de Anunciação, recebeu nesta quarta-feira (8/8), representantes do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça, que compõe a Comissão da Verdade no estado. A comitiva veio reivindicar um espaço nas dependências do antigo Presídio do Ahú para utilização como Museu de Memória Política.

O desembargador Onésimo sugeriu que fosse marcada para a próxima semana, uma visita ao Presídio, para que os representantes conheçam as dependências, para então definir o local que possa sediar o Museu. Logo após, o grupo deverá encaminhar um ofício ao presidente do TJPR, desembargador Miguel Kfouri Neto, com a solicitação formal. Eles serão acompanhados pelo diretor da Comissão de Obras do TJ, desembargador José Augusto Gomes Aniceto, que esteve presente na reunião.

O Museu de Memória Política tem o objetivo de homenagear os militantes que lutaram, durante o regime militar, pelo restabelecimento da democracia. Já foram criados memoriais em vários estados. A iniciativa é do Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e apoio do Fórum Paranaense e Secretaria de Justiça do Paraná.

Integravam a comitiva, o procurador Olímpio de Sá Sotto Maior Neto, representando o Ministério Público; o reitor da Universidade Federal do Paraná, professor Zaki Akel Sobrinho; os coordenadores do Fórum, Roberto Elias Salomão e Norton Nohama; o chefe de gabinete da Secretaria da Justiça, Leonildo de Souza Grota, representando a secretária Maria Tereza Uille Gomes; o diretor do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania, José Antônio Peres Gediel e a vice-diretora da faculdade de Direito da UFPR, Vera Karam de Chueiri.

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Memorial da Resistência terá espaço no Presídio do Ahú

O vice-presidente do TJ, desembargador Onésimo Mendonça de Anunciação, recebeu uma comissão de representantes do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça. Foto- Divulgação

O Tribunal de Justiça confirmou a cessão de algumas dependências do Presídio do Ahú para utilização como Memorial da Resistência, a ser inaugurado no final de outubro deste ano. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, quando o vice-presidente do TJ, desembargador Onésimo Mendonça de Anunciação, recebeu uma comissão de representantes do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça.

Estiveram presentes o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, o procurador Olympio de Sá Sotto Maior, do Ministério Público Estadual, a professora Vera Karam, do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR, o chefe de gabinete da Secretaria da Justiça, Leonildo de Souza Grota, o professor José Antonio Peres Gediel, também da Secretaria e da UFPR, e os coordenadores do Fórum Roberto Elias Salomão e Norton Nohama.

O Memorial da Resistência tem o objetivo de homenagear os militantes que lutaram, durante o regime militar, pelo restabelecimento da democracia. Já foram criados memoriais em vários estados. A iniciativa é do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com apoio do Fórum Paranaense e da Secretaria de Justiça do Paraná.

Foi marcada para a próxima quarta-feira, 15 de agosto, uma visita ao Presídio, para que os representantes do Fórum conheçam as dependências que sediarão o Memorial. Eles serão acompanhados pelo diretor da Comissão de Obras do TJ, desembargador José Augusto Aniceto.

O TJ, na palavra de seu vice-presidente, também se dispôs a participar das atividades do Fórum, para as quais deverá indicar um representante.

 

Caravana da Anistia

Nos dias 25 e 26 de outubro, virá a Curitiba a Caravana da Anistia, com membros do Ministério FDA Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos. Várias atividades estão programadas: uma audiência pública, a inauguração do Memorial, a inauguração dos Caminhos da Resistência (lembrando os locais que simbolizaram a luta contra a ditadura militar em Curitiba) e o julgamento de dois casos de graves violações de direitos humanos, ocorridos no Paraná durante o regime de exceção.

O TJ deverá ceder seu auditório para a realização do julgamento.

  Fonte- Fórum Verdade     

 

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Cresce movimento contra nova cassação de Paulo Wright

Depende apenas do governador de Santa Catarina o destino do projeto do deputado Gilmar Knasel, do PSDB, que propõe a mudança da Avenida Paulo Stuart Wright, para Avenida Francisco Fleith, a ligação entre a BR-101 e os municípios de

Penha e Piçarras.
O projeto do tucano já foi aprovado pela Assembleia Legislativa e está para sanção do governador. Na prática, representa uma segunda cassação de Paulo Wright.Deputado estadual e organizador das cooperativas de pesca no litoral de Santa Catarina, Paulo Wright teve o mandato cassado pelo parlamento em 1964, a pedido do regime militar.
Segundo a professora Derlei Catarina de Lucca, uma das líderes do movimento contra a nova cassação, o governador deve decidir o destino do projeto de lei até quinta-feira.

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O modismo “civil-militar” para designar a Ditadura Militar

Virou moda o emprego da expressão “Ditadura Civil-Militar” para designar o regime instaurado em nosso país por meio do golpe militar de março-abril de 1964. Ativistas de direitos humanos, ex-presos políticos, estudantes universitários, e até pesquisadores acadêmicos de renome vêm utilizando tal adjetivação, na mesma medida em que descartam a designação habitual, Ditadura Militar, que até alguns anos atrás parecia consolidada tanto na literatura e historiografia quanto na tradição oral popular, bem como no discurso coloquial da militância política de esquerda.

Os defensores da expressão “Ditadura Civil-Militar” vêem-na como necessária para explicar adequadamente o conteúdo do regime vivido no Brasil entre 1964 e 1985, que resultou de um conluio do extrato militar com setores empresariais civis. Assim, no entender dessa corrente, falar somente em Ditadura Militar seria deixar de reconhecer o papel ativo de segmentos da burguesia no regime ditatorial, “livrar a cara” da ala civil da contra-revolução que ensanguentou, oprimiu e humilhou o país por duas décadas.

Ocorre que, por mais nobre que seja o propósito de renomear o período, trata-se de um profundo equívoco. Tivemos neste país não uma “Ditadura Civil-Militar”, mas uma Ditadura Militar, sem aspas. Embora todos nós da esquerda saibamos da participação civil tanto no golpe de 1964 (fartamente documentada em livros como 1964: A Conquista do Estado, de René Dreyfuss) como no regime que dele se originou, também entendíamos perfeitamente que quem mandou de fato, quem exerceu o poder político, foi o Alto Comando das Forças Armadas.

Os militares ocuparam não apenas a Presidência da República, mas também cargos centrais em todos os órgãos da administração federal direta e indireta, de ministérios a empresas estatais, nos seus principais escalões. Alguns se tornaram, até, governadores de Estado. Controlavam a sociedade por meio da comunidade de informações, encabeçada pelo SNI e formada por centenas de milhares de agentes e informantes (há quem fale em dois milhões de informantes), e cujo aparato repressivo possuía tentáculos operacionais que se apresentavam como siglas macabras: OBAN, DOI-CODI, CIE, CISA, Cenimar.

Os militares passaram a controlar a educação, a cultura, o esporte… Mas, sobretudo, deram as linhas na política e na economia. Os parceiros civis de maior expressão que incentivaram o golpe de 1964, ou nele embarcaram com a ilusão de que teriam alguma influência nos destinos do novo regime, como Carlos Lacerda, Magalhães Pinto, Juscelino Kubitschek, Ademar de Barros, foram postos de lado em algum momento. Pior ainda, alguns desses parceiros foram perseguidos. Ao cair mortalmente adoentado o ditador Costa e Silva, o vice-presidente civil, Pedro Aleixo, foi impedido de assumir a presidência. Em seu lugar empunhou o poder a Junta Militar. Só no último governo ditatorial, o de João Figueiredo, é que um vice-presidente civil, Aureliano Chaves, exerceu por curto período a presidência, quando do afastamento do general para tratamento médico no exterior.

O parlamento, uma das faces mais visíveis do poder civil no capitalismo, funcionou a maior parte do tempo, mas em que condições? Foi continuamente solapado e mutilado, especialmente desde que se recusou a punir o deputado Márcio Moreira Alves, em 1968. Dissolução de partidos, cassações de parlamentares da oposição, criação da figura do senador biônico, de tudo inventou a Ditadura Militar para subordinar e impor limites ao parlamento. Mesmo o judiciário, um poder conservador por excelência, foi ultrajado com a perda das garantias históricas dos juízes e a extinção do habeas corpus.

Tivemos portanto neste país, sem a menor sombra de dúvida, um regime militar, constituído por governos militares, ainda que tenha contado com sócios e cúmplices civis. Portanto, neste exato momento da história em que a Comissão Nacional da Verdade dá início a seus trabalhos, falar em “Ditadura Civil-Militar” é um desserviço e só se presta a diluir a responsabilidade dos militares que cometeram crimes de toda sorte, atrocidades e violações de direitos humanos, e que procuram despistar e criar confusão.

É preciso sim identificar os grandes empresários e a oligarquia que financiaram e inspiraram o golpe militar e a repressão política. Os cúmplices civis dos governos militares, os apoiadores dentro e fora da mídia. Queremos sim sua punição! Mas de imediato deve-se identificar e punir aqueles que foram a sua guarda pretoriana, que cometeram crimes de sangue em favor do regime. Que perseguiram, trucidaram, executaram covardemente, ocultaram e destruíram corpos.

Enquanto não fizermos isso, enquanto a sociedade brasileira não acertar as contas com a Ditadura Militar, as Forças Armadas continuarão atuando contra a democracia. E, portanto, agindo em benefício das mesmas forças civis que apoiaram e estimularam o golpe. Para que as instituições militares deixem de ser um obstáculo à democracia em nosso país, é preciso que fique bem caracterizada a existência da Ditadura Militar no período 1964-1985. Porque as Forças Armadas precisam ser democratizadas: suas escolas, seus currículos de formação de oficiais, seus regimentos disciplinares. E para isso não pode haver qualquer dúvida a respeito do que ocorreu neste país: um regime militar, comandado por altos oficiais; um regime que contou sim com a cumplicidade do grande capital nacional e estrangeiro, e que o beneficiou; e que exatamente por esta razão vem sendo defendido pela mídia e por partidos de direita como DEM e PSDB.

É claro que o golpe de março-abril de 1964 teve forte presença do grande capital e de outros setores civis e, neste sentido, pode ser denominado “cívico-militar”. Mas uma vez derrubado Jango e entronado Castello Branco, instaurou-se a Ditadura Militar. Ou seja, a partir de 1964 a forma assumida pelo domínio burguês foi precisamente um regime militar, uma ditadura castrense.

Ao falar-se em “Ditadura Civil-Militar”, com a finalidade de garantir que não seja esquecida a participação de civis no regime, termina-se por obter o efeito inverso, qual seja o de diminuir a responsabilidade dos militares, além de confundir a sociedade brasileira, já familiarizada com a expressão Ditadura Militar para designar esse terrível período da nossa história. “O termo civil também serve para designar o regime como autoritário, brando, negociado etc. Como se não fosse uma ditadura”, adverte o historiador Lincoln Secco.

Deveríamos, finalmente, render nossa homenagem à história das organizações e movimentos que combateram o regime: apesar de todas as diferenças que os separavam, não tinham a menor dúvida a respeito do que enfrentavam: uma Ditadura Militar.

 
Pedro Estevam da Rocha Pomar*

*Jornalista, editor da Revista Adusp. Autor dos livros Massacre na Lapa. Como o Exército liqüidou o Comitê Central do PCdoB: São Paulo, 1976 (Editora Fundação Perseu Abramo, 2006) e A Democracia Intolerante: Dutra, Adhemar e a repressão ao Partido Comunista (1946-1950) (Arquivo do Estado de SP, 2003). Publicado em Página 13: http://pagina13.org.br/2012/08/um-modismo-equivocado/#more-16259

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A verdade sobre a tortura

O documentário Brasil – Um Relato de Tortura (Brazil – A Report on Torture) foi exibido nesta semana no Canal Brasil e tem sido exibido em sessões restritas no âmbito das caravanas da anistia. Em 1971, os cineastas americanos Haskell Wexler e Saul Landau estavam em Santiago do Chile aguardando a oportunidade de uma entrevista com o presidente Salvador Allende. Foi quando souberam da chegada do chamado Grupo dos 70, os presos políticos brasileiros trocados pelo embaixador suíço  Giovanni Enrico Bucher, no que seria o último sequestro político do regime militar. Haskell e Saul foram até eles e os convenceram a contar para a TV americana o que haviam sofrido nas prisões brasileiras. Haskel Wexler é um dos maiores diretores de fotografia do cinema americano, responsável pelas imagens de filmes como Crown, o Magnífico (o primeiro), Um Estranho no Ninho e Amargo Regresso. Dirigiu também diversos docs sobre questões políticas e sociais, entre eles o clássico Medium Cool (1969). Saul Landau é um documentarista, jornalista e escritor igualmente engajado na causa dos direitos humanos. Naquela ocasião, eles queriam divulgar internacionalmente o que se passava nos porões da ditadura brasilera.

Em 60 densos minutos, o filme registra o relato das torturas pelas próprias vítimas e a encenação de procedimentos como o pau-de-arara, as sessões de choques elétricos, os afogamentos e outros tipos de suplício físico e psicológico.  Há mesmo quem mencione explicitamente os nomes de quem os torturava.

 Maria Auxiliadora

Entre os personagens, alguns não suportariam os anos subsequentes. Frei Tito, por exemplo, suicidou-se na França três anos depois. Maria Auxiliadora Lara Barcelos, que tem extensa participação no filme e foi amiga muito próxima da presidente Dilma Rousseff nos anos de ativismo na organização VAR Palmares, atirou-se debaixo de um trem do metrô em Berlim, em 1976.

O rapaz que aparece diversas vezes no papel do torturado era Jorge Muller, um assistente chileno da equipe de filmagem. Ele não sabia que estava vivendo uma trágica antecipação de seu próprio destino. Dois anos depois, com o golpe de Pinochet no Chile, ele passou à clandestinidade, acabou preso, torturado e entrou para o rol dos desaparecidos.

Numa entrevista recente, Saul Landau afirmou que, enquanto montava o filme, percebeu que aquilo não era uma história de tortura, mas uma história de coragem.

O diplomata Jom Tob Azulay ajudou a difundir o filme nos Estados Unidos e no Brasil. Ele era cônsul adjunto do Brasil em Los Angeles em 1971, quando soube da existência do filme, obteve uma cópia com os próprios realizadores e costumava fazer sessões clandestinas, especialmente para brasileiros ilustres que passavam por L.A. Mais tarde, sentindo-se pressionado, Azulay afastou-se do Itamaraty. No ano passado, usou o filme no seu processo de readmissão, afinal vitorioso. Atualmente, junto com Cavi Borges, ele produz Setenta, um novo documentário de Emilia Silveira e Sandra Moreira sobre os destinos daqueles mesmos ativistas brasileiros.

Fonte- http://carmattos.com/

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Debate sobre a ditadura na América Latina

Acontece em Curitiba, no próximo dia 20, às 19h, no Sindicato dos Bancários, debate sobre a ditadura na América Latina. Participam o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT) ;  Honório Delgado Rúbio, espanhol de 87 anos, que chegou ao Brasil no dia da posse de JK e conviveu com as ditaduras brasileira e espanhola; professor Romeu Gomes de Miranda; advogado Claudio Ribeiro e a jornalista Silvia Calciolari.
A organização do evento é do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc).Apoio do Fórum Paranaense do Resgate da Verdade, Memória e Justiça.

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Comissão da Verdade cria subgrupos temáticos para agilizar investigações

Os integrantes da Comissão da Verdade, Rosa Maria Cardoso, Gilson Dipp, Maria Rita Kehl e Cláudio Fonteles. Foto: Norton Nohama

A Comissão Nacional da Verdade decidiu criar subcomissões de trabalho, no sentido de dar agilidade ao trabalho de investigação sobre as violações dos direitos humanos ocorridas no Brasil durante o regime militar. No âmbito de cada uma das três subcomissões, funcionarão grupos temáticos, cada qual sob a responsabilidade de um membro da Comissão.

A subcomissão de “Pesquisa, geração e sistematização de informações” é formada pelos grupos de antecedentes, contexto e razões do golpe militar de 1964 (responsável Rosa Cardoso); mortes, desaparecimentos forçados, ocultação e destruição de cadáveres, tortura e violência sexual (José Carlos Dias e Claúdio Fontelles); estruturas da repressão de estado e seus patrocinadores e apoios, internos e externos (Gilson Dipp e José Paulo Cavalcanti); violação de direitos relacionados à luta pela terra, incluindo populações indígenas, com motivação política (Maria Rita Kehl); Araguaia (Maria Rita Kehl, Claúdio Fontelles, José Carlos Dias); violação de direitos de exilados e desaparecidos políticos fora do Brasil (Paulo Sérgio Pinheiro); e Operação Condor (Rosa Cardoso).Outros grupos temáticos poderão ser criados nesta subcomissão, caso haja necessidade.

A subcomissão de “Relações com a sociedade civil e instituições”, sob a responsabilidade de Paulo Sérgio Pinheiro e Rosa Cardoso, cuidará da organização das audiências públicas em todo o país e com as parcerias com as comissões da verdade estaduais e municipais ou de instituições (OAB, universidades etc.). Também fomentará as relações com as organizações da sociedade civil (fóruns e comitês) e com entidades internacionais.
A subcomissão de “Comunicação Externa”, cuja responsável é Rosa Cardoso, cuidará da transmissão ao vivo das audiências, do portal da CNV, do recebimento de denúncias on line e da instalação de uma ouvidoria para que qualquer cidadão possa prestar informações.

Fonte- Fórum Verdade

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Praça em São Paulo ganha nome e estátua de Vladimir Herzog

Para homenagear o jornalista Vladimir Herzog, torturado e morto pela ditadura militar, a Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou projeto de decreto legislativo, de autoria do vereador Ítalo Cardoso (PT) para rebatizar a Praça atualmente conhecida como Divina Providência com o nome do jornalista paulistano.

A praça está alocalizada na rua Santo Antônio, atrás do Palácio Anchieta (Câmara dos Vereadores), região central de São Paulo, próxima ao Terminal Bandeira. No local será instalada uma estátua em bronze com cerca de 2,20m de altura do jornalista Vladimir Herzog, a réplica do troféu entregue anualmente a vencedores do Prêmio de Jornalismo Vladimir Herzog e também a reprodução em mosaico do quadro 25 de Outubro (conhecido como “Guernica Brasileira”) de 4mx10m.

De autoria do artista plástico Elifas Andreato, uma referência no meio intelectual, jornalístico e artístico nacional, todas essas obras são consideradas importantes expressões da história política brasileira representada na figura de Vladimir Herzog.

A estátua será uma reprodução da imagem “Vlado Vitorioso”, criada por Elifas para a Organização das Nações Unidas em 2008, em comemoração aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Já a “Guernica Brasileira” protesta contra o assassinato do jornalista, obra exposta pela primeira vez em 1981, durante as comemorações do centenário do nascimento de Pablo Picasso.

A praça Vladimir Herzog foi revitalizada pela Câmara. No entatno, sua inauguração oficial será em outubro, acompanhando o cronograma de anúncio aberto dos vencedores da 34º edição do Prêmio de Jornalismo Vladimir Herzog, oferecido pelo Instituto Vladimir Herzog. O concurso tem a missão de contribuir para a reflexão e produção de informações que garantam o direito à vida e o direito à justiça.

Fonte- Com informações do Instituto Vladimir Herzog  – Via Portal Vermelho

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Comissão na Verdade reúne mais de 40 comitês da sociedade civil

Em Brasília, Roberto Salomão fala sobre os trabalhos do Fórum Paranaense. Foto-Norton Nohama

Mais de 40 fóruns, comitês e movimentos da sociedade civil participaram de um evento promovido pela Comissão Nacional da Verdade, nesta segunda-feira, em Brasília. O objetivo do encontro foi estabelecer uma relação entre essas entidades e a CNV, além de uma troca de experiência sobre a mobilização e os debates nos estados.
Quatro membros da CNV estavam presentes: o ex-ministro do STF Gilson Dipp, o ex-procurador-geral da República Cláudio Fontelles, a advogada de presos políticos Rosa Maria Cardoso da Cunha e a escritora e psicanalista Maria Rita Kehl. Representando o Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça, participaram Norton Nohama e Roberto Elias Salomão.
Os integrantes da Comissão Nacional da Verdade deixaram claro que necessitam do apoio dos comitês e fóruns da sociedade civil para respaldar os trabalhos da Comissão. “A mobilização da sociedade é fundamental”, disse Maria Rita Kehl.
Os membros da Comissão também se pronunciaram sobre as eventuais punições aos responsáveis pelas violações dos direitos humanos durante o regime militar. Embora não seja atribuição da CNV punir, Rosa Maria adiantou que o relatório a ser apresentado pela Comissão deverá incluir a recomendação de se processar torturadores e mandantes. Referindo-se à Lei de Anistia ainda em vigor, Maria Rita foi enfática: “Não foi tudo bem, não está tudo bem, tanto que a política continua torturando e matando, e achando que pode fazer isso impunemente”.

Fonte- Fórum Verdade

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Comissão da Verdade ouve a sociedade civil e recebe três caixas de documentos

Comissão Nacional da Verdade, reúne-se com comitês estaduais da sociedade civil.Foto-Elza Fiúza/ABr

Membros da Comissão reafirmaram a necessidade de uma grande rede de colaboração entre a CNV, a sociedade civil e as comissões estaduais; diálogo será constante e novos encontros já estão previstos no RJ, PA e PE

A Comissão da Verdade realizou na segunda-feira,30, o “Encontro da Comissão Nacional da Verdade com Comitês Estaduais da Sociedade Civil”. No evento, representantes de 19 Estados e do DF apresentaram suas reivindicações, pediram informações, deram sugestões ao trabalho da Comissão e protocolaram um total de três caixas de documentos que contribuirão para o trabalho da comissão.

Segundo o coordenador da Comissão da Verdade, ministro Gilson Dipp, as comissões estaduais e os comitês da sociedade civil “têm papel fundamental no trabalho que está sendo realizado pela CNV. Será um trabalho de complementaridade, conjugado”, afirmou ao final do evento.

Para o membro da Comissão da Verdade Cláudio Fonteles o diálogo com a sociedade civil será contínuo.  “Demos aqui mais um passo de uma caminhada, contínua, em defesa da sociedade livre, para que nunca mais se repita a quebra da ordem democrática que ocorreu no Brasil e nosso relatório final deverá ter propostas concretas à sociedade, ao Estado e à administração pública para que isto possa se tornar realidade”, disse.

Para a advogada Rosa Cardoso, membro da Comissão, que também participou do encontro de hoje, os dois anos previstos por lei para que a Comissão Nacional da Verdade produza seu relatório serão suficientes se houver concentração de esforços e adesão: “se entendermos que esta é uma obra coletiva, se soubermos buscar e receber a contribuição dos militantes dos direitos humanos e de nossos intelectuais, sim, nós conseguiremos”, disse em sua saudação de abertura ao público.

Membro da Comissão, Maria Rita Kehl fez um pronunciamento ao final do evento. Para ela, a Comissão da Verdade terá que descobrir e apontar no relatório, os obstáculos à consolidação do regime democrático no País. “O relatório vai ter que mostrar que não está tudo bem, apontar os bolsões do regime de exceção no Estado democrático”, afirmou, citando como exemplo as mortes cometidas pelo aparato policial no Brasil até hoje: “temos uma das polícias que mais mata no mundo e isso é resquício da Ditadura”, afirmou.

Ao todo, os representantes da sociedade civil entregaram dezenas de documentos que foram catalogados pela equipe da CNV e que ingressarão ao acervo da comissão, totalizando três caixas de requerimentos, informações, documentos e sugestões, que serão avaliadas nas próximas reuniões da Comissão.

Os membros da Comissão reiteraram que os encontros com a sociedade civil continuarão e que a CNV deverá percorrer todos os Estados. Já estão previstos três novos encontros: 13 de agosto no Rio de Janeiro, 29 de agosto no Pará e 11 de setembro, em Pernambuco.

No encontro, a CNV apresentou aos presentes o site da provisório da Comissão, que já está no ar, no endereço www.cnv.gov.br, e a conta oficial de Twitter da Comissão, @CNV_Brasil, sítios nos quais a população poderá ter acesso às divulgações e demais informações sobre a Comissão Nacional da Verdade. Amanhã, os membros da Comissão se reunirão em Brasília. Um dos temas da reunião será o das mortes e violências praticadas contra os indígenas durante o regime de exceção.

Fonte- Comissão Nacional da Verdade

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