Na esteira do debate acerca dos 50 anos do golpe militar de 1964, um protesto chamou a atenção de moradores de Londrina: as placas indicativas do nome da Avenida Presidente Castelo Branco, uma das principais vias de acesso à Universidade Estadual de Londrina (UEL), foram adesivadas com o nome de Carlos Marighella, um dos símbolos da luta contra a ditadura. Já Castelo Branco era marechal e governou o Brasil entre 1964 e 1967. Os adesivos são azuis, como as placas, dificultando identificar que foram alteradas. O busto do militar fixado na rotatória da Avenida Maringá com a Castelo Branco também foi pichado com a palavra “ditador”.
A autoria do protesto foi assumida pelo Levante Popular da Juventude Paraná em página no Facebook, mesmo grupo que no último dia 1º de abril retirou o busto do ex-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Flávio Suplicy de Lacerda. Na rede social, o grupo chama o protesto de “escracho ao ex-ditador”.
Na Assembleia Legislativa do Paraná, tramita projeto de lei do deputado Professor Lemos (PT) prevendo a retirada “dos nomes de pessoas que tenham praticado ou historicamente colaborado para agressões aos direitos humanos de prédios públicos estaduais”. Nomes de ruas e avenidas são atribuições de vereadores e do prefeito.
Fonte- Folha de Londrina
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