Pedro Dallari é o novo coordenador da CNV

O advogado e professor universitário Pedro Dallari foi eleito hoje coordenador da Comissão Nacional da Verdade, por unanimidade, durante a reunião dos membros da CNV. Dallari foi nomeado membro do colegiado em setembro de 2013 pela presidenta Dilma Roussef.

dallariDallari é o sexto coordenador da Comissão da Verdade. Os membros da CNV estabeleceram no início do mandato da comissão, em maio de 2012, que a coordenação é rotativa e o mandato é de três meses. Ele substitui o advogado e ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, que exerceu a função entre agosto e novembro de 2013.

Gilson Dipp foi o primeiro coordenador e deveria permanecer no cargo por seis meses, mas, por motivos de saúde, licenciou-se em setembro de 2012, sendo substituído por Claudio Fonteles, que, em seguida, exerceu mandato efetivo até fevereiro de 2013. O terceiro coordenador da CNV foi o professor Paulo Sérgio Pinheiro, entre fevereiro e maio de 2013. A quarta a exercer o cargo foi a advogada Rosa Cardoso, entre maio e agosto deste ano.

Na CNV, Dallari exerce também a função de coordenador do relatório da Comissão da Verdade.

Fonte- Comissão Nacional da Verdade

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Boletim Informativo do FMDH – Edição 02 – Brasília, 20 de novembro de 2013

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Após 49 anos, Congresso anula sessão que afastou Jango da Presidência

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Cerimônia de recebimento dos restos mortais do ex-presidente João Goulart

O Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quinta-feira (21) um projeto que anula a sessão realizada pela Casa no dia 2 de abril de 1964, que declarou vaga a Presidência da República exercida na época pelo presidente João Goulart, o Jango (1919-1976), viabilizando o reconhecimento do novo governo militar (1964-1985).

Deputados e senadores vão fazer uma cerimônia para proclamar a nulidade da sessão. A proposta foi apresentada pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AL).

A sessão do Congresso de 1964 foi realizada de madrugada e, por decisão do então presidente do Congresso, Auro de Moura Andrade, a vacância foi declarada. No pedido, os dois senadores afirmam que a anulação faz um “resgate histórico” porque a vacância permitiu o golpe militar de 1964, embora Jango estivesse em Porto Alegre (RS) em solo brasileiro. A ideia, de acordo com os parlamentares, seria retirar qualquer “ar de legalidade” do golpe militar de 1964.

“Fica claro que o ato do Presidente do Congresso Nacional, além de sabidamente inconstitucional, serviu para dar ao golpe ares de legitimidade”, afirmam os senadores na justificativa do projeto. Simon e Randolfe afirmaram que, depois de 49 anos da sessão, o Congresso “repudia de forma veemente a importante contribuição ao golpe dada pelo então presidente do Legislativo”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o Congresso estava reparando essa mancha na história do Brasil. “É uma desculpa histórica”.

Em discurso, Simon disse que a proposta não pretende reescrever os fatos. “Não vamos reconstituir os fatos. A história apenas vai dizer que, naquele dia, o presidente do Congresso usurpou a vontade popular de maneira estúpida e ridícula, depondo o presidente da República”, disse.

Um dos principais defensores da ditadura militar, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi voz praticamente isolada contra a medida e disse que a proposta era irregular pois estavam querendo”tocar fogo” no Diário do Congresso Nacional. “Querem apagar um fato histórico de modo infantil. Isso é mais do que stalinismo, quando se apagavam fotografias, querem apagar o Diário do Congresso”.

A votação foi acompanhada por João Vicente Goulart, filho do ex-presidente. O texto foi aprovado aos gritos de “Viva o Brasil”, “Viva democracia” e “Viva Jango”.

Com o objetivo de verificar as causas da morte de Jango, o corpo do ex-presidente foi exumado, na semana passada, no cemitério da cidade gaúcha de São Borja, na fronteira com a Argentina. A família e o governo suspeitam que Jango teria sido envenenado durante seu exílio na Argentina. Na época, não houve autópsia. De São Borja, os restos mortais foram trazidos a Brasília e recebido com honras de chefe de Estado pela presidente Dilma Rousseff.

A perícia será feita no DF e amostras serão enviadas para análise em laboratórios no exterior. A intenção é voltar a homenageá-lo novamente em 6 de dezembro, dia em que a morte completará 37 anos e o corpo deverá voltar a São Borja (a 581 km de Porto Alegre), na fronteira com a Argentina.

Fonte- Agência Folha

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Perito afirma que motorista de JK foi baleado na cabeça

A Polícia Civil de Minas Gerais terá de explicar à Comissão da Verdade da Câmara de Vereadores São Paulo como e por que o crânio do motorista do ex-presidente Juscelino Kubitschek, Geraldo Ribeiro, foi esfacelado durante a exumação do seu corpo, em 1996. A comissão admite chamar a polícia mineira para prestar esclarecimentos depois do depoimento do perito Alberto Carlos de Minas, 68. Na última quarta-feira, ele disse que viu o crânio ser retirado – intacto e com uma marca de tiro – de dentro do Cemitério da Saudade, em Belo Horizonte, para ser analisado no Instituto Médico Legal (IML).

 Causa. Oficialmente, JK morreu após uma colisão acidental do carro em que estava com um caminhão


Causa. Oficialmente, JK morreu após uma colisão acidental do carro em que estava com um caminhão

Para o perito, o crânio foi destruído propositalmente. Alberto de Minas conta que acompanhou, a pedido da família e com autorização da polícia, a exumação que pretendia provar que Geraldo Ribeiro foi vítima de um tiro antes de se envolver no acidente em que morreu e que matou JK, em 1976. “Vi o crânio sair intacto com uma marca claramente provocada por uma arma de fogo”, afirma o perito especialista em análises de balística.

No entanto, pouco tempo depois, o IML informou que o crânio havia sido encontrado esfacelado e que não era possível verificar se o motorista havia sido atingido por uma bala. O laudo necroscópico divulgado na época, de acordo com o presidente da comissão, vereador Gilberto Natalini (PV), trazia fotos com o crânio totalmente quebrado. Segundo Natalini, o documento do IML jamais foi divulgado na íntegra.

“Na nossa avaliação, o crânio foi danificado propositalmente durante a exumação. Queremos saber o que de fato ocorreu em Minas. Este assunto sempre foi um tabu para a polícia. Naquela época (1996), o sistema repressivo ainda tinha resquício na polícia e se mantinha organizado. A corporação sempre teve dificuldades de tratar o assunto”, afirmou.

O perito também é categórico ao dizer que o material foi alterado. “Faltou vontade política para desvendar o caso quando ele foi reaberto. Os restos foram destruídos para que tudo fosse perdido”, disse Alberto de Minas.

Silêncio

Resposta. A Polícia Civil de Minas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que só irá comentar o caso da exumação do motorista de JK depois de ser notificada oficialmente.

Fonte- Publicado originalmente –http://www.otempo.com.br/perito-afirma-que-motorista-de-jk-foi-baleado-na-cabe%C3%A7a-1.747356

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Visita a um dos maiores centros de tortura da ditadura

A difícil arqueologia de um dos maiores centros de tortura da ditadura. Antiga sede do Doi-Codi, em São Paulo, onde morreram Virgilio Gomes e Vlado, entre dezenas de vítimas, pode virar um centro de memória.

Inquietos ou serenos, antigos “hóspedes” do mais conhecido centro de torturas do período autoritário vão reconhecendo o terreno hostil para onde fo

Entre cobranças e críticas, parlamentares e militantes torturados pela ditadura remontaram a memória (Eduardo Anzelli / Folha Press)

Entre cobranças e críticas, parlamentares e militantes torturados pela ditadura remontaram a memória (Eduardo Anzelli / Folha Press)

ram levados entre o final dos anos 1960 e início dos 1970. O local, entre a Vila Mariana e o Paraíso, tradicionais bairros da zona sul de São Paulo, sede do 36º DP, abrigava a Operação Bandeirante (Oban) e o Doi-Codi, onde se contam 52 mortos sob tortura. O prédio – que tem um processo de tombamento sob análise do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) – está descaracterizado, o que confundiu alguns ex-torturados na visita realizada na semana passada, organizada pela Subcomissão da Verdade e Memória do Senado Federal. Eles coincidiram em um ponto, na identificação da sala de torturas onde morreu, entre outros, Virgilio Gomes da Silva, em setembro de 1969.

É uma área no segundo andar de um prédio nos fundos, atrás da delegacia, atualmente sob responsabilidade do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). Para entrar, é preciso esperar que alguém traga as chaves do cadeado que tranca a porta de ferro. Alguns hesitam antes de subir a escadaria estreita, que vai dar em instalações mal-conservadas, com fiações à mostra e infiltrações.

Diante do portão, o jornalista Antonio Carlos Fon é incisivo, lembrando-se da prisão em 1969. “Exatamente aqui o Raul Careca me entregou ao Albernaz”, conta, referindo-se ao delegado Raul Nogueira e ao capitão Benone Albernaz. “Numa das salas de pau-de-arara o Celso Horta (também jornalista) estava sendo torturado, e na outra sala, eu. Eu não via, eu ouvia eles torturando o Jonas (Virgilio)”, acrescenta Fon, hoje integrante do Comitê Paulista Memória, Verdade e Justiça.

Além de Fon, Ary Costa Pinto, Moacyr de Oliveira Filho e Darci Toshiko Miyaki percorrem as salas, olham os corredores e trocam impressões com os outros visitantes, como os senadores João Capiberibe (PSB-AP), presidente da subcomissão, e Eduardo Suplicy (PT-SP), os deputados federais Ivan Valente (Psol-SP) e Luiza Erundina (PSB-SP) e o procurador da República Andrey Borges de Mendonça.

No segundo andar do prédio dos fundos, logo à esquerda, fica uma sala mais espaçosa, ensolarada. Nela, todos concordam que se tratava de uma sala de torturas. Fon afirma: Jonas morreu ali. “Aqui (aponta o chão) tinha um pau-de-arara. Quando chegou o Jonas, me colocaram na cadeira do dragão. Ele morreu aqui onde nós estamos. Eu estava muito debilitado e confuso. Ouvi eles perguntando: ‘Onde está a metralhadora, Jonas?’. Ele ficou agonizando aqui, todo arrebentado, até o final da tarde.”

Ex-PCdoB, hoje na liderança do PSB no Senado, o jornalista Moacyr Oliveira Filho também identifica aquela sala como local de torturas. E lembra de um detalhe, reconhecido por outras pessoas: Ustra trazia uma das filhas para brincar com as presas. “Era uma tortura psicológica.” Recorda também do rádio colocado em volume alto quando a tortura se tornava mais intensa.

O funcionário público Ary Costa Pinto conta que entrou encapuzado, em 1973, e acredita que tenha passado por aquela mesma escadaria. “Subi uma escada e fui recebido pelo Ustra (o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra) e pelo capitão Ubirajara (o delegado Aparecido Calandra). Eu era solidário à resistência, mas não pertencia a nenhuma organização. Então, não tinha o que falar. Nos primeiros dias, apanhei bastante.”

A visita prossegue em outra instalação, com entrada lateral, pela rua Tomás Carvalhal, atual área do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Logo na entrada, em uma pequena portaria, Moacyr aponta: “Aqui ficava o Dulcídio Wanderley Boschilla (ex-policial, mais conhecido como árbitro de futebol)”. A alguns metros, em uma área externa, que abriga carros velhos e sucatas, Fon identifica o local da encenação de suicídio de Vladimir Hergog, o Vlado, então diretor de Jornalismo da TV Cultura, morto em 1975. Para o presidente da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, o advogado Antonio Funari Filho, o local aparenta ter abrigado uma cela. O reconhecimento é difícil. Além das mais de quatro décadas passadas, há paredes e divisões que não existiam.

Darci Miyaki observa: “Este centro de tortura não foi escolhido por acaso. Era extremamente próximo do QG do 2º Exército”. Em um dos corredores, ela faz um pedido aos senadores Capiberibe e Suplicy e à deputada Erundina: “Vamos tentar fazer disto realmente um centro de memória”.

Quase na saída, Fon cita o Projeto de Lei 573, de 2011, de Erundina. “O projeto reinterpreta a Lei de Anistia e o Parlamento está se omitindo em relação a isso”, critica. A deputada lembra que o PL já foi rejeitado na Comissão de Relações Exteriores e está na Comissão de Constituição e Justiça, também com parecer pela rejeição, conforme relatório do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF). “Se a matéria for pautada, de novo vai ser rejeitada”, afirma Erundina, que só vê chance de sucesso com pressão externa. “A maioria do Congresso não tem compromisso com a democracia. É preciso que a sociedade venha em apoio a nós, que somos minoria no Congresso, que foi quem apoiou essa lei manca”, acrescenta, em referência à Lei 6.683, de 1979.

A deputada também faz cobranças à Comissão Nacional da Verdade. “Muitos beneficiados pela Lei de Anistia sequer foram chamados. Descobrir novos fatos, acrescenta, só é possível “com oitivas, ouvindo os torturadores”. Para ela, a violência de ontem ajuda a explicar a violência atual.

“Aqui se trata do maior centro de tortura daquele período. Vamos fazer mais algumas visitas, e a partir disso vamos levar essa discussão para dentro das Forças Armadas”, diz o senador Capiberibe. “É importante que elas discutam a história e separem aqueles que cometeram crimes da instituição.”

Fonte- Pragmatismo Político

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Circunstâncias da Morte do Presidente João Goulart

Quando recebi a notícia de que meu tio João Goulart havia falecido, encontrava-me em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro. Era uma segunda-feira de manhã e preparava-me para voltar ao Rio, onde estudava. Após comunicar-me com meus pais em Montevidéu (Leonel Brizola e Neusa Goulart Brizola), apressei o retorno para viajar imediatamente a Porto João Goulart mortoAlegre e, por terra, para São Borja, onde consegui carona com meus primos.

Chegamos no dia seguinte, antes do meio-dia. O cenário já estava armado. O acesso à igreja, cercada pelo Exército e PMs, restrito, um caixão lacrado, e dezenas de sinistros agentes com óculos escuros perambulavam pela igreja. Ali, encontrei a tia Maria Teresa (esposa de Jango), minha mãe Neusa, outras tias e pessoas que haviam conseguido “furar o cerco”. O ambiente era de devastação total. Após alguns minutos fui com minha mãe à casa de um amigo e ela contou a triste odisseia que foi a viagem desde Villa Mercedes. Ficaram retidos mais de três horas na fronteira por ordem de um tal de “Coronel Negrão” que fez questão de mostrar seus poderes ditatoriais a toda comitiva.

Ainda contado por minha mãe, ao chegar a São Borja, foram preparar o corpo e, ao abrir o féretro, havia uma estranha secreção em todo o corpo (É necessário esclarecer que havia outras pessoas que testemunharam este momento e o assunto foi comentado muitas vezes). Imediatamente, por ordem dos militares, aí sim, o caixão foi lacrado e não mais aberto (Seriam estas as 48 horas?). O exército não queria permitir que fosse colocada uma Bandeira Nacional, mas prevaleceu nossa vontade. A Bandeira foi posta, assim como uma grande faixa pedindo “Anistia”. No trajeto ao cemitério, a PM quis transportar o caixão em um carro mas a multidão não permitiu, gritando aos militares que ele seguiria “nos braços do povo”. Todos nos revezamos entre a igreja e o cemitério de São Borja.

O percurso foi emocionante e, mesmo desafiados e xingados, os militares não tiveram coragem de intervir. Havia mais de vinte mil pessoas. Acho que foi a primeira grande manifestação popular no Rio Grande do Sul depois do AI-5. No final, discursaram o Sr. Pedro Simon, que somente falou da vocação política de São Borja (…), e Tancredo Neves, este, sim, pediu a conciliação nacional de forma veemente. Não me lembro de outros discursos mas guardei a sensação de que a ditadura tinha sido desafiada naquele momento final.

A última vez que vi meu tio foi em Maldonado, pouco tempo antes, e não notei nada de anormal. Em setembro de 1976 ele foi visitar a mãe e conversou a noite toda com meu pai depois de mais de dez anos afastados. Foi o único encontro entre eles… Vários episódios estranhos aconteciam naquele tempo: Meu pai tinha uma vida discretíssima e praticamente morava na fazenda. Queixava-se constantemente de que o seguiam, mas nada poderia fazer. Em setembro de 1977 foi expulso do Uruguai em episódio que todos conhecemos.

Minha opinião, que presenciei os fatos, é que o caso Jango tem todos os ingredientes para ter sido mais um assassinato da ditadura. Por que não tomar um depoimento oficial do Sr. Neira? Ele não está preso? Por que não pedir aos governos argentino e uruguaio, que tanto têm se empenhado em esclarecer os crimes da ditadura, uma investigação minuciosa dos fatos?
João Otávio Goulart Brizola

Texto extraído da página 445 do livro 68 a geração que queria mudar o mundo relatos organizado por Eliete Ferrer e publicado pela Comissão de Anistia do Min. da Justiça.

 

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Boletim Informativo do Fórum Mundial de Direitos Humanos – Edição 01 Brasília, 13 de novembro 2013

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Boletim Informativo do Fórum Mundial de Direitos Humanos – Edição 01 Brasília, 13 de novembro 2013

MOBILIZAÇÃO
Comitê Organizador realiza sua 5ª Reunião

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Membros do Comitê Organizador se encontraram no último dia 6 de dezembro para sua 5ª Reunião. Na pauta, foram aprovados os nomes dos conferencistas e debatedores já convidados e confirmados para participar do evento. Para saber quem são, acesse aqui. Na reunião, também foi oficialmente lançada a campanha #VemProFórum, para mobilizar mais participantes a se inscrever no evento.

SERVIÇO
Participantes do CO devem fazer inscrição individual
Atenção você que pertence a alguma das instituições do Comitê Organizador do Fórum Mundial de Direitos Humanos:
não esqueça que a sua inscrição individual deve ser feita, normalmente, pelo site.
A participação da sua entidade no CO não garante automaticamente que você está inscrito. Para se inscrever, clique aqui.
SERVIÇO
Inscrições para acampamento prorrogadas
As pré-inscrições para garantir presença no acampamento do FMDH foram prorrogadas até o preenchimento total do espaço. São oferecidas vagas para barracas de duas pessoas.
Garanta já o seu lugar!
Últimas vagas!
Clique aqui e faça a sua inscrição.

 

PROGRAMAÇÃO
Fique por dentro da programação
do #FMDH
   
O FMDH é dividido em três Eixos Temáticos, com uma conferência e três debates cada. Palestrantes nacionais como Leonardo Boff, Emir Sader, Leonardo Sakamoto, João Pedro Stédile, Tonito Benites, e internacionais, como Tariq Ali, Alicia Cabezudo, Baltasar Garzón, Catalina Botero, Alejo Vargas Velásquez, já confirmaram presença.
Entenda como será a programação.
COMUNICAÇÃO
#FMDH nas Redes Sociais
O FMDH também está nas redes sociais.
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ÁUDIO
FMDH Notícias – 2ª edição 
A cada semana, a equipe de comunicação do FMDH divulgará um boletim semanal de rádio, chamado FMDH Notícias. Eles já estão disponíveis na página do Soundcloud.
Ouça aqui a 2ª edição do boletim.
VÍDEO
Campanha #VemProFórum
    
No canal oficial do Fórum de Direitos Humanos no YouTube são divulgados vídeos com diversos representantes do Comitê Organizador, além de campanhas como o #VemProFórum.
Assista, curta, compartilhe!
INTERNACIONALArgentina realiza Pré-Fórum Mundial de Direitos Humanos    A Argentina prepara Pré-Fórum Mundial de Direitos Humanos nos dias 5 e 6 de dezembro. O evento acontecerá no Espaço de Memória e Direitos Humanos, em Buenos Aires e é coordenado pelo Centro Internacional para la Promoción de los Derechos Humanos (CIPDH). No dia 5, haverá dois painéis para discutir a Operação Condor. Já o dia 6 será dedicado à discussão de como os jovens participam da construção dos direitos humanos, e suas estratégias de comunicação e políticas na América Latina, África e Ásia. Ao final, será redigido um documento para levar ao FMDH em Brasília. Interessados em participar do pré-evento devem se inscrever pelo e-mail fmdh.argentina@gmail.com.    

 

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Comissão Estadual da Verdade é recebida pelo presidente do Tribunal de Justiça do PR

Comissão Estadual da Verdade é recebida pelo presidente do Tribunal de Justiça do PR

Reunião da Comissão Estadual da Verdade do Paraná com o Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Guilherme Luiz Gomes

Reunião da Comissão Estadual da Verdade do Paraná com o Presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Guilherme Luiz Gomes

” O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, desembargador Guilherme Luiz Gomes, concedeu audiência no dia 11 de novembro aos integrantes da Comissão Estadual da Verdade (CEV), designada pelo Governador Beto Richa e criada pela Lei 17.362/2012.

Acompanhados pelas desembargadoras Maria Aparecida Blanco de Lima e Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes, estiveram na audiência os seguintes membros da CEV: professor e jurista Luiz Edson Fachin; professor Pedro Bodê, coordenador da CEV-PR; professora Vera Karam de Chueri, vice-diretora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR); advogada Ivete Maria Caribé, do Comitê de Refugiados do Paraná; Marcio Mauri Kieller Gonçalves, vice-presidente da Central Única dos Trabalhados do Paraná; e o ex-procurador geral de Justiça do Ministério Público do Paraná, Olympio de Sá Sotto Maior Neto.  Presente também o assessor do Reitor da UFPR, Norton Nohama, integrante do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça.

Com o objetivo de recuperar informações, documentos e dados sobre violações dos direitos humanos praticadas no Paraná no período de 18 de setembro de 1946 a 05 de outubro de 1988, a Comissão expôs ao presidente TJPR o desenvolvimento de seu trabalho, bem como solicitou apoio do Poder Judiciário paranaense nos seus respectivos afazeres, especialmente para enaltecer a memória de magistrados que tenham sido perseguidos injustamente e a fim de criar instrumentos dedicados à preservação da memória. A Presidência do Tribunal encaminhou os temas para estudo e designou para tal encargo as desembargadoras Maria Aparecida Blanco de Lima e Astrid Maranhão de Carvalho Ruthes. ”

Também fizeram parte da pauta a proposição do Fórum Paranaense de resgate da Verdade, Memória e Justiça de criação de um espaço de memória nas instalações do antigo Presídio do Ahú, projeto que vem sendo desenvolvido por grupo  de trabalho do Fórum, composto por representantes de várias instituições como as Secretarias da Cultura e de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, o Ministério Público do Paraná, a Universidade Federal do Paraná, a Casa Latino-americana, a Fundação Cultural de Curitiba e o Ministério da Justiça, entre outros.

Fonte: Tribunal de Justiça do PR

 

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Filha de general cassado pela ditadura diz que foi estuprada ao visitar a mãe presa

 Eugênia Zerbini na infância, com os pais e o irmão,

Eugênia Zerbini na infância, com os pais e o irmão,

A filha do general Euryale de Jesus Zerbini, a advogada Eugenia Zerbini prestou depoimento durante audiência pública da CNV (Comissão Nacional da Verdade), na Assembleia Legislativa de São Paulo, e relatou os momentos de medo vividos quando foi violentada por militares.

O caso ocorreu em fevereiro de 1970, na sede da Operação Bandeirante, na Vila Mariana (zona sul), local onde sua mãe –a fundadora do Movimento Feminino pela Anistia Therezinha Godoy Zerbini– estava presa havia poucos dias.

Já seu pai já havia sido cassado por ser um dos quatro generais a ser contrário e resistir ao golpe militar de 1964. Aos 16 anos, ela contou que foi levar roupas para mãe na sede da operação. “Ao chegar lá, me perguntaram como estava minha mãe. E eu disse: ‘vocês quem devem saber’. Me arrependo. Não era para ter dito aquilo”, afirmou.

A advogada relatou que, naquele momento foi violentada. Sem apresentar detalhes, ela conta que sofreu muitos anos sem contar o caso, mas sabe que o interesse dos militares não seria com ela.

“Agora que tornei isso público, fiquei mais leve. Sei que não foi a mim, eles estavam fazendo isso para atingir meu pai e minha mãe. E eu fui um veículo que estava a mão”, afirmou.

A então adolescente disse que não teve coragem de contar o caso a familiares à época.

“Não tive coragem de falar pra ele [meu pai], não falei a minha vó. Ela estava com a outra filha presa. Ia falar para quem? Telefonar para o Rio de Janeiro? A gente fica com mais vergonha daquele que fez do que da gente”, disse.

Zerbini contou ainda que viveu momentos de horror ao deixar a sede da operação apos ser violentada. “Não sei como eu sai daquelas coisas. De repente eu estava na rua, no bairro Paraíso, e eu tinha que sair dali e lembrava: ‘não olha pra trás’. Parecia um pesadelo”, explicou.

Fonte- Uol
  
Leia mais em- http://www.revistabrasileiros.com.br/2013/09/18/a-filha-do-general/

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Zaki Akel Sobrinho, Reitor da UFPR fala para o FMDH

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