A Comissão da Verdade do Estado de São Paulo – Rubens Paiva, entrega a partir de agora o seu relatório final à sociedade. O documento completo pode ser acessado no site da comissão. Reproduzimos abaixo o texto que abre o documento.
INTRODUÇÃO
Este Relatório tem como fulcro as vítimas e suas memórias. Falta muito a avançar no tocante aos agentes do Estado que cometeram graves violações de direitos humanos e aos particulares que as apoiaram, financiaram ou praticaram. É fundamental ressaltar a grande dificuldade de acesso aos arquivos públicos, mais notadamente os da ditadura: instituições como as Forças Armadas e o Ministério das Relações Exteriores, fundamentais para a cadeia de repressão e o sistema de vigilância, continuam a negar o acesso a certos documentos do período, ainda desconhecidos, e ainda não fizeram a autocrítica necessária para a vida democrática.
A CEV “Rubens Paiva” buscou, desde sua forma de funcionamento, seguir os princípios democráticos que foram negados pelo golpe de 1964, e sem os quais não é possível fazer jus à memória, à verdade, à justiça e às reformas institucionais que continuam necessárias para o país em seu longo processo de justiça de transição. Por essa razão, todo o material produzido por esta Comissão, este relatório com suas milhares de páginas de anexos contendo as transcrições das audiências e os documentos encontrados, os vídeos dessas audiências e os três livros publicados ficarão disponíveis gratuitamente na internet.
Esse princípio democrático e a participação popular foram explicitados mais de uma vez pelo presidente da CEV “Rubens Paiva”, deputado estadual Adriano Diogo, e com eles terminamos esta introdução:
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