10/06/2016
Integrante da Comissão da Verdade é recebido na UEL
Fonte: Agência UEL
O procurador de Justiça do Ministério Público do Estado do Paraná, Olympio de Sá Souto Maior Neto, membro titular da Comissão Estadual da Verdade do Paraná – Teresa Urban, esteve na manhã desta sexta-feira (10) na UEL, e participou da reunião do Conselho Universitário. Ele relatou aos integrantes do CU as ações e experiências da Comissão no estado. O procurador foi convidado pela Comissão da Verdade da UEL (CVUEL).
A Comissão Estadual da Verdade do Paraná investiga casos de violações de direitos humanos cometidos no Paraná durante a ditadura militar, entre 1946 e 1988. Na UEL, o procurador Olympio de Sá Souto Maior Neto destacou o papel da Comissão Estadual da Verdade, cuja responsabilidade é lutar para que as gerações futuras tenham os valores democráticos preservados, bem como a preservação do princípio da dignidade humana.
Segundo ele, “afastar das instituições públicas o ranço da ditadura militar” é prioridade no que tange ao fortalecimento e inserção cada vez maior do trabalho da Comissão no Paraná . “Temos a responsabilidade institucional, social e ética de dar continuidade às investigações, em busca de uma sociedade justa e solidária”, completou Olympio.
A reitora da UEL, Berenice Quinzani Jordão, ressaltou que as violações cometidas no período militar, obrigatoriamente, devem ser “contadas e rememoradas”, além de expostas “à luz” do momento político do país. A reitora reforçou ainda o apoio institucional à inserção da Comissão da Verdade Estadual na UEL.
Ainda na tarde desta sexta-feira, o promotor Olympio de Sá Souto Maior Neto se reuniu com integrantes da CVUEL, no Centro de Vivências dos Professores da UEL do Sindiprol/Aduel, localizado próximo ao prédio do SEBEC, com o objetivo de relatar a experiência da Comissão Estadual.
CVUEL – Criada por recomendação da Comissão Estadual da Verdade do Paraná e com o apoio do Conselho Universitário da UEL, a CVUEL trabalha com a finalidade de reconstruir a memória do período repressão da Ditadura Militar, que vigorou no país e atingiu também a Universidade.
As principais fontes de informação da Comissão são os registros produzidos pela Assessoria Especial de Segurança e Informação (AESI), cuja função era espionar a Comunidade Universitária e denunciar aos órgãos de segurança as atividades dos supostos opositores ao regime militar. Segundo informações de integrantes da Comissão da Verdade da UEL, até outubro será elaborado relatório sobre as intervenções do regime na Universidade a partir do golpe militar de 64. O documento deverá ser apreciado pelo Conselho Universitário, e encaminhado à Comissão Estadual.
O presidente da CVUEL é o professor Alcides Vergara, do Departamento de Psicologia Social e Institucional, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), além dos integrantes: Edson Holtz, diretor da SAUEL, Aldecir Coelho, representantes das Classes Trabalhadoras, Raquel Kritsch, do Departamento de Ciências Sociais, do Centro de Ciências Humanas (CCH), Paulo Magno Cícero Leite, representante da OAB, Evaristo Cólman, representante do Sindiprol/Aduel.
O CVUEL conta ainda com um grupo de trabalho formado por colaboradores. São eles: Leila Jeólas, do Departamento de Ciências Sociais (CCH), Arnaldo Correa de Melo, representante da ASSUEL, Paulo Henrique dos Santos Silva, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), e as alunas do curso de Ciências Sociais Natália Akiko e Jaqueline Sorprezo, e Anaeliza Barbosa, aluna do curso de História.
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