Na tarde da quarta-feira (13) o Arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, recebeu na cúria metropolitana o representante do núcleo de Maringá do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, da Memória e Justiça, professor doutor Reginaldo Dias, do departamento de História da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e o presidente do Conselho de Leigos e Leigas da Arquidiocese de Maringá, Walter Fernandes.
O historiador Reginaldo Dias convidou a Igreja Católica para participar da articulação regional que pretende influenciar o debate nacional da Comissão da Verdade. Em Maringá, o lançamento do Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, da Memória e Justiça será realizado amanhã (14), às 20h, no auditório do Sinteemar (Rua Itamar Soares, 357).
O interesse na atividade da Comissão da Verdade — criada pela presidente Dilma Rousseff para investigar os crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura militar (1964-85) — é acadêmico e social, segundo o professor Reginaldo Dias. “O rumo que a comissão vai seguir depende do debate da sociedade”, diz o professor, “nós temos material, como teses e dissertações, e queremos intervir nessa discussão”.
Ele lembra que ainda há famílias em Maringá que não sabem em que condições seus parentes foram mortos. “As mortes eram divulgadas com toda a sorte de falsificações”, conta o professor. Os laboratórios de Pesquisa em História Política e Movimentos Sociais (Lappom) e de Estudos do Tempo Presente (Labtempo) têm vasto material sobre o tema. Teses e dissertações estão disponíveis no sitewww.pph.uem.br. Também coordenam o núcleo os professores Sidnei José Munhoz e Ângelo Priori.
No lançamento do fórum, no mês passado, na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, cerca de 500 pessoas pediram a elucidação dos milhares de crimes ocorridos durante o regime. (Estima-se que meio milhão tenham sido perseguidos — parte foi torturada e morta em quarteis e delegacias da repressão).
Fonte- UEM
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