A exemplo de várias cidades do país, o município de Cascavel passa a ter um centro que atuará na defesa dos direitos humanos, proteção de minorias, promoção da justiça social e desenvolvimento de projetos e programas que visem a construção de uma sociedade mais igualitária. Essas serão algumas atribuições do CDH (Centro de Direitos Humanos) de Cascavel, criado na noite desta quarta-feira (30/07), em assembleia ordinária na Câmara de Vereadores.
Entidade de caráter civil, com personalidade jurídica e sem fins lucrativos, o CDH reunirá integrantes de entidades da sociedade civil organizada, igrejas, sindicatos e movimentos sociais. Os trabalhos da assembleia foram abertos por uma palestra do jornalista Aluízio Ferreira Palmar, integrante da Comissão Estadual da Verdade e um dos fundadores do CDHMP (Centro de Direitos Humanos e Memória Popular) de Foz do Iguaçu.
Militante de esquerda, com histórico de luta contra a ditadura militar, Palmar falou da experiência e de projetos desenvolvidos pelo centro em Foz. Entre as ações estão pontos de cultura, cineclubes, oficinas em escolas, caravanas da anistia, audiências públicas e denúncias de práticas de discriminação e preconceito. “Infelizmente há muita deturpação sobre a temática, como a reprodução do senso comum em dizer que direitos humanos é algo para defender bandidos. É de uma tamanha desinformação, desconhecimento e má-fé”, argumentou o jornalista.
Para Aluízio Palmar, enquanto a sociedade estiver dividida em classes sociais, enquanto houver oprimido e opressor, explorado e explorador, haverá a luta pelos direitos humanos. “Quem defende a vida, quem defende os direitos humanos precisa ter lado, precisa estar posicionado, se articular junto ao Estado, as instituições públicas, como o Ministério Público, Defensorias”, citou.
Após a explanação de Palmar, foi iniciada a assembleia com a leitura e aprovação do estatuto do CDH e abertura de inscrição para chapas que tivessem interesse em coordenar o centro. Foram eleitos os seguintes nomes para a direção com mandato de dois anos: Luiz Carlos Gabas (presidente), Loraine Alcântara (vice-presidente), Aline Luciane Lopes (secretária-geral), Elcir Zen (tesoureiro), Laís Lainy (diretora de comunicação), Elemar Muller, Saloméa Coutinho e Clicélia Oliveira (conselho fiscal). Os diretores são voluntários e não serão remunerados pelas atividades no CDH.
Fonte: Blog Aluízio Palmar/ Crédito: Júlio César Carignano
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