A disseminação do ódio aos movimentos populares e políticos que antagonizavam com o projeto das elites brasileiras, desde a década de 1930 e sobretudo ao longo dos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial foi canalizada numa campanha violenta contra o Partido Comunista (PCB), cujo desfecho trágico foi a política de extermínio total a partir do Golpe de 1964. Trabalhadores urbanos e rurais, sindicalistas, professores, mulheres, índios, religiosos, estudantes, políticos, militares, artistas e todos que de alguma maneira se manifestassem em favor da soberania nacional, das massas excluídas e empobrecidas, em favor de projetos de inclusão social e distribuição da riqueza nacional e contra a ordem econômica imposta pelos Estados Unidos e a espoliação das riquezas nacionais pelas empresas estrangeiras era taxado de comunista, fichado pela policia e perseguido.
Os materiais divulgados nas ruas, nos jornais, nas rádios em todo o Brasil, como o mostrado aqui dão o tom preconceituoso, discriminatório e violento das campanhas que prepararam o ânimo da burguesia brasileira para a tentativa de golpe em 1961 e sua efetivação em 1964. Sem meias palavras, sem pudor e com apoio de boa parte da imprensa da época, os conspiradores civis e militares foram metódica e paulatinamente manipulando a opinião pública para o apoio ao regime mais violento da história da república e que ceifou milhares de vidas humanas, ampliou de maneira gigantesca a dívida externa brasileira, transformou o Brasil numa das maiores concentrações de renda e exclusão social do mundo e devolveu o país a um governo civil, no final da década de 1980, arrasado, falido e com mais de um quarto de sua população abaixo da linha da pobreza.
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