Construção civil: A primeira greve do Paraná depois do AI-5

A histórica greve dos trabalhadores da construção civil de Curitiba, em 1979, foi lembrada ontem em ato realizado na sede do sindicato da categoria. Dirigentes da greve, ainda na ativa, prestaram seus depoimentos, aos quais não faltou a lembrança de episódios tocantes ou engraçados.

Promovido pelo sindicato e pelo Fórum Paranaense

Ato pelos 34 anos da paralisação.

Ato pelos 34 anos da paralisação.

de Resgate da Verdade, Memória e Justiça e com apoio da CUT e da Nova Central, o evento faz parte do esforço de registro das lutas operárias, aspecto fundamental da recuperação da verdade e da memória históricas no Brasil.

David Pereira de Vasconcelos, Domingos Oliveira David (atual presidente do sindicato) e SalvinoAntunes contaram como se deu a greve, nos seus mais de 20 dias de duração, e que teve início quando um grupo de mulheres trabalhadoras, insatisfeitas com os salários e as condições de trabalho, resolveu cruzar os braços. Em pouco tempo, 17 mil trabalhadores estavam em greve.

De acordo com os dirigentes, o principal fruto da greve foi o desenvolvimento da consciência e da organização dos trabalhadores. A greve foi duramente reprimida e vários de seus dirigentes foram levados ao Dops.

A greve da construção civil gerou um amplo movimento de solidariedade, do qual participaram militantes de esquerda e dos movimentos sociais, intelectuais, advogados e estudantes. Narciso Pires e Carlos Molina, que tiveram papel destacado no movimento de apoio à greve, também fizeram seus relatos.

A iniciativa deve ter desdobramentos. Serão produzidos um livro e um vídeo. Além disso, o Centro Acadêmico de Sociologia da UFPR sugeriu que o debate seja realizado novamente, desta vez para os estudantes. Ao semelhante deverá ser feito com os bancários e outras categorias.

Fonte- Fórum Verdade

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